sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

The Good Old Days

"Éramos todos jovens, nos divertindo como loucos. Mas a vida mudou e a realidade é outra. Não podemos mais ter tudo que queríamos. Somos sonhadores agora? Não, mas os bons e velhos tempos se foram… Não somos mais jovens, mas não estamos tristes. Ninguém está derrotado, apenas relembrando nosso passado. Só que uma coisa é certa: aquela porta está fechada para nós. Somos sonhadores agora? Não, mas os bons e velhos tempos se foram… Tenho consciência de que não somos sonhadores baratos. Não vivemos no mundo da lua. Mas se alguém pudesse abrir aquela porta novamente e todos fossem para lá, você iria também para sorrir novamente? Sim! Queremos os bons e velhos tempos de volta!”.

Se tivesse consciência de que quando escrevi a letra da música “The Good Old Days” (aqui traduzida para o português) para o Swingfire - grupo que integrava como baterista no final dos anos 80 e início da década de 90 - aquilo pudesse se tornar realidade, confesso que teria rasgado aquele pedaço de papel. Explico.

Eu a fiz após uma noite de balada no Black Jack Rock Bar, uma das mais tradicionais casas de Rock do Brasil, que ficava na avenida Adolfo Pinheiro 1671, Alto da Boa Vista, em São Paulo/SP.Quando tive a idéia da letra estava justamente pensando no que aconteceria quando ficássemos “velhos” e nos encontrássemos para uma derradeira balada no Black Jack. “Velho” poderia ser uma metáfora para falecido.

Só que eu sequer poderia imaginar a seqüência de fatos intrigantes que viriam.Coincidência ou ironia do destino, a primeira vez que o Swingfire apresentou “The Good Old Days” ao vivo foi justamente no Black Jack Rock Bar. Era a chamada “segunda fase” da casa, que a partir de 1988 teve como proprietários Paulinho “Heavy” (ex-apresentador do programa Som Pop da TV Cultura e ex-vocalista banda Inox), Fernando “The Crow” (ex-guitarrista do Inox) e mais dois sócios.O Swingfire tocou lá algumas outras vezes, mas as grandes noitadas já eram sagradas desde a época que sequer tínhamos intenção de montar uma banda. Por sinal, nem tínhamos idade para freqüentar uma casa noturna…

A primeira fase, das “garrafas no teto do bar”, como alguns dizem, era mais “intimista”. Não havia tanto alarde, mas muitas amizades foram formadas e diversas bandas legais, como Hot Stuff e Jaguar, tocaram no “fundão” do bar, local onde nos últimos tempos ficava a mesa de bilhar.Depois, na “fase Paulinho Heavy”, quase todas as bandas brasileiras tocaram no Black Jack, que abria de terça a sábado.

Quase não havia release de um grupo nacional que não constasse ao menos uma apresentação no bar.Quem era “da casa” também vai se lembrar da “gentileza” do saudoso Gorô (”Dá o cartão aí, pô!”), da mesa de Gamão, do carrinho de hot dog, dos drinks especiais, da máquina de chopp (”com copo de vidro cristal e tudo!”), das garçonetes e de figuras lendárias como o próprio Gorô, B12, Vitório, Mingo, Fumaça, Paulinho, Fernando, Carlos Barrinha, Aranha, Fralda, Murillo, Maly, Maurício Baby Boy, Edson “Zé” Schultz, Henri, Ackua, Paulão, Macarrrão (1), Leão, entre dezenas de outros não menos emblemáticos daquelas duas primeiras fases.Houve também o início da “febre das bandas cover”.

Se fizermos um esforço, seremos capazes de lembrar de quase todas as noites e baladas que lá fizemos ao som do Trama, Gypsy, Motörhead, Metallica, Skid Row, Iron Maiden e outros grupos cover, a não ser quando saíamos carregados. É, aconteceu com quase todo mundo… Até mesmo com músicos. Vários deles…

Depois da “fase Paulinho Heavy”, em meados de 1997 o Black Jack Bar passou para as mãos de Fabio “Macarrão” Mainente, que era vocalista (e ex-baterista) da banda Proposital Noise e há tempos comanda o Sleevers.

Coincidentemente, o Proposital contava com meu grande amigo de infância, o baixista Fabio Romero. Na guitarra estava o irmão de Fabio, Wecko Mainente, que seria o futuro proprietário ao lado do ‘punk rocker’ Werner.

O Black Jack Bar durou vinte e seis anos, de 1980 a 2006, quando fechou as portas e deixou um gosto amargo para todos que o tinham como sua “segunda casa”.

Hoje, Wecko e Romero atuam em grande estilo no Threat, banda que coincidentemente surgiu no Black Jack Bar e foi a última a pisar em seu sagrado palco. Naquele sábado, dia 16 de dezembro de 2006, um misto de tristeza e nostalgia se instalou entre os presentes. Mas ninguém foi capaz de recusar um belo shot de drinks, como “Enéas” ou “Sleevers”. Afinal, as portas se fechariam para sempre.

O Black Jack Rock Bar foi demolido e deu lugar a um estacionamento, tal qual a casa do guitarrista do Swingfire, Adalton Ribeiro, onde foi ensaiada pela primeira vez a música “The Good Old Days”.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Arquivo Entrevista: SCHMIER (Destruction)

O trio alemão Destruction foi peça fundamental para a expansão do Thrash Metal nos anos 80, com o lançamento de trabalhos que se tornaram clássicos do estilo, como o EP "Sentence Of Death" e os álbuns Infernal Overkill e Bestial Devastation. Direto de Nijmegen (HOL), no backstage do "Dynamo", o vocalista e baixista Schmier comentou sobre este festejado retorno.

Há exatos treze anos o Destruction se apresentou no festival "Dynamo", na Holanda. Faça um parâmetro entre as apresentações da banda nestas fases distintas.
Schmier: Nossa, já se passaram treze anos! O mais curioso é que o Testament também esteve presente naquela edição do 'Dynamo'. Tocar neste festival é sempre muito importante para qualquer banda, pois é um evento que tem um nome muito forte na Europa e no mundo.

E quanto ao público, como você compararia a cena naquela época para os dias atuais?
Schmier: A década de 80 foi fantástica, o público estava sedento por novidades e o Heavy Metal começava a se tornar mais popular. Tudo era mais selvagem, tínhamos um certa desconfiança dos meios de comunicação e até da polícia. Atualmente temos as bandas ‘mainstream’, o estilo é bem aceito, até com certa normalidade. Você pode tranqüilamente ter seus cabelos longos, tatuagem, os festivais, como o Dynamo e Wacken, são uma realidade. Estivemos lutando por isto há muito tempo e toda esta movimentação mostra que o Heavy Metal nunca vai morrer e isto é o mais importante de tudo.

No Brasil, o Destruction sempre foi aclamado como uma das grandes bandas de Thrash Metal em todos os tempos. Quais são suas recordações do show no Brasil?
Schmier: Foi uma grande apresentação, o Sepultura estava lá. Sempre vamos nos lembrar do Brasil e é sempre uma grande honra tocar na América do Sul. Temos shows agendados no México e depois iremos para a América do Sul, provavelmente a Colômbia, Argentina e com certeza o Brasil será incluído. Juro que até o final do ano iremos tocar novamente na América do Sul.

No "Dynamo" vocês fizeram um set curto, mas você poderia nos adiantar algo sobre um show completo do Destruction?
Schmier: Como era um festival, todas as bandas tiveram seu set reduzido, mas  nosso show tem 1h30 de duração. No 'Dynamo' nós mesclamos músicas novas com os velhos clássicos do Destruction de uma forma bem compacta. Na verdade, não estávamos na escalação oficial do festival, mas o Entombed foi cancelado e nos convidaram. Não tínhamos um show ensaiado porque estamos em fase de promoção do novo álbum, mas, dissemos: “A Holanda é legal, vamos tocar e nos divertir”. Foi isto que aconteceu e o prazer foi enorme. O público não estava nos esperando e isto foi ainda mais legal, pois reagiram bem e o show foi crescendo em emoção até que no final todos estavam agitando muito, como nos velhos tempos. Deu para dizer: “Estamos de volta!”.

Para a versão americana do novo álbum, "All Hell Breaks Loose", vocês incluíram um cover de "Whiplash" do Metallica. Isto foi uma exigência para o mercado norte-americano?
Schmier: Não, absolutamente! "Kill 'Em All" é um marco da história do Heavy Metal e nós tocávamos esta música há quinze anos. Quando estávamos em estúdio fazendo ajustes no som, nos timbres dos instrumentos, começamos a tocá-la. O produtor Peter Tägtgren ficou empolgado e pediu para que gravássemos e o que era apenas diversão agora vai sair no CD. E o melhor é que ela ficou poderosa e com a cara do Destruction.

A sonoridade de "All Hell Breaks Loose" difere um pouco dos trabalhos que vocês fizeram no início da carreira, mas a marca do Destruction foi mantida, pois sem você e Mike a banda não é a mesma...
Schmier: Obrigado. Este é um álbum que você deve ouvir mais de uma vez para tirar as conclusões. É um som rápido, técnico e nossas raízes estão lá, ou seja, Thrash Metal com a cara do Destruction. Nunca quisemos seguir novas tendências ou modas. 

Muitas bandas de renome nos anos 80 estão retornando, como Venom, Armored Saint, Metal Church. Você sente que este ‘revival’ é uma coisa saudável e honesta ou apenas uma oportunidade que os músicos estão vendo para ganhar dinheiro?
Schmier: Algumas bandas que estão voltando também são minhas favoritas, como as que você mencionou, o Venom e o Metal Church. Se o retorno à ativa vem do coração e o músico sente a mesma vontade, garra e anseia tocar por prazer estou plenamente de acordo, não importa o quanto a banda tenha sido importante ou não no passado. Se forem aqueles que abandonaram o Heavy Metal e estão vendo a boa fase como forma de promoção para ganhar dinheiro, acho isto uma  merda, danem-se estes. O público irá julgá-los, pois irão sentir se a reunião é uma farsa ou realidade. Posso dizer que voltamos para detonar!

Qual o significado de "Visual Prostitution"?
Schmier: É uma crítica à televisão em geral, vejo muitas coisas que até me enojam. Não somos obrigados a ver tanta coisa feia e histórias que não fazem sentido algum para nossas vidas. Só aparece gente feia na televisão, é uma coisa horrível!

E quanto ao baterista Sven, ele tocava em alguma outra banda antes de se unir ao Destruction?
Schmier: Sven tocou em várias bandas de Thrash Metal e sempre foi um grande fã da banda, além de um amigo próximo. 

Quando você montou o Headhunter, criou um novo estilo para sua voz e um som mais melódico. Por que a banda não vingou?
Schmier: Tentei criar algo novo, pois se tinha deixado o Destruction não havia motivo para montar outra banda e fazer o mesmo tipo de som. Os músicos que estavam comigo eram competentes, foi uma fase muito boa, mas não deu certo por muito tempo. Na verdade minha vida é com o Destruction!

Entrevista publicada na edição #22 da revista ROADIE CREW (julho de 2000)

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Arquivo Entrevista: FRANK BANX (Angel Dust)

Atualmente composta por Dirk Thurisch (vocal), Ritchie Wilkison (guitarra), Frank Banx (baixo), Steven Banx (teclado) e Dirk Assmuth (bateria), a banda alemã Angel Dust chega ao auge de sua carreira com o lançamento de Of Human Bondage. Apesar de ter ficado fora da cena por quase uma década, o retorno, ocorrido em 1997, foi bastante comemorado com um contrato com a Century Media. O som praticado atualmente ainda mantém os elementos vindos do início da carreira, quando gravaram os álbuns Into The Dark Past e To Dust You Will Decay, lançados na época áurea do Thrash Metal, ou seja, o final dos anos 80. Além disso, logo quando retornou à cena, o Angel Dust abriu espaço para a melodia e os álbuns Border Of Reality (1998), Bleed (1999) e Enlighten The Darkness (2000) foram a prova definitiva de que o Angel Dust tinha voltado para ficar. O que ninguém realmente esperava era que conseguiriam gravar um trabalho tão marcante como Of Human Bondage, que definitivamente coloca a banda num patamar muito alto na cena do Metal mundial. Com a palavra o baixista e um dos fundadores, Frank Banx.

O Angel Dust começou fazendo um Speed/Thrash Metal. O que aconteceu com a banda entre 1988 e 1998, quando vocês voltaram com o Border Of Reality?
Frank Banx: Nós nos separamos em 1989 porque não conseguíamos mais trabalhar juntos. Foram problemas estritamente pessoas. Nesse período de inatividade do Angel Dust eu toquei em uma banda de Power Metal, chamada The Crows, que chegou a lançar um álbum em 1991. Não foi nada fácil encontrar as pessoas ideais para voltar com a banda, principalmente para ocupar o posto de vocalista. Eu queria alguém que tivesse a voz e o estilo de cantar de Dirk, porque eu gosto de vocalistas mais agressivos e não aqueles que só criam linhas agudas e melódicas.

É verdade que o nome da banda foi tirado de uma música do Venom?
Banx: Sim, é verdade, pegamos da música Angel Dust do Venom (N.R.: Esta música consta do álbum Welcome To Hell, de 1981). Muitos pensavem que fosse por causa de uma droga (pó de anjo), mas nem sabíamos o que era “pó de anjo” no vocabulário das drogas (risos). Na realidade era bastante comum dar nome a uma banda por causa de alguma música. Por exemplo, o nome Running Wild foi tirado de uma música do Judas Priest (N.R.: Do álbum Hell Bent For Leather, de 1979).

Por que é tão difícil encontrar nas lojas os álbuns antigos, Into The Dark Past e To Dust You Will Decay?
Banx: Sei que é quase impossível encontrá-los em lojas porque ainda não foram relançados. Quando eles foram lançados foi numa época em que o costume de colecionar CDs estava apenas no começo. Isto ocorreu no final dos anos 80 e início da década de 90 e naquela época lançaram uma quantidade relativamente pequena. Acredito que foram colocadas à venda cerca de duas mil cópias para cada álbum. Mas nós estamos trabalhando em cima disso e em breve os fãs terão novidades.

Qual a razão da mudança no direcionamento musical da banda, fazendo agora uma mescla do Thrash com o Power Metal? 
Banx: Foi a união dos pensamentos de antiugos e novos integrantes da banda. E estando afastado de cena por cerca de dez anos, considero que isto seja como uma evolução natural para nós. Crescemos um pouco musicalmente e acabamos absorvendo novas influências. Isto é absolutamente normal e fez com que o nosso estilo fosse um pouco mudado. O Into The Dark Past era Speed Metal, algo como o Kreator, Metallica e Slayer, com um pequeno toque melódico, mas nada que pudesse nos levar ao estilo do Helloween, longe disso. Até hoje as pessoas classificam nossa banda de diversas maneiras. Falam que é Thrash Metal ‘old-school’, Speed Metal e Power Metal, além de outros adjetivos. Você mesmo disse, Thrash mesclado com Power Metal. Nem sei direito o que cada um destes estilos significa, mas qual é a verdadeira essência, não é o Metal? Sim, então fazemos Metal!

Com esta nova proposta vocês lançaram três álbuns (Border Of Reality, Bleed e Enlighten The Darkness) que foram bem recebidos pelos fãs. O que você pode falar sobre a evolução da banda nestes últimos quatro anos?
Banx: É verdade, todos eles tiveram uma grande aceitação por parte dos fãs. O que mais posso dizer? Bem, a cada álbum formos conseguindo vendas superiores. Além disso, fizemos diversas participações em tributos, o que faz com que o nome da banda seja cada vez mais difundido.

Qual destes três álbuns obteve mais impacto?
Banx: Essa é uma pergunta difícil. Creio que o mais aclamado foi o Enlighten The Darkness, mas as algumas pessoas vêm a mim e dizem que gostam mais de uma música de um determinado álbum, já outras falam que gostam mais de uma pertencente a outro álbum. Desta forma, é difícil afirmar qual é o predileto dos fãs. Acho que eles gostam proporcionalmente dos três. 

Por que o baterista Dirk Assmuth deixou a banda em 2000 e retornou no ano seguinte?
Banx: Ele deixou a banda porque estava com um trabalho paralelo e não tinha tempo para conciliá-lo ao Angel Dust. Depois as coisas se acalmaram para o lado dele e, felizmente, pôde estar conosco novamente. 

Recentemente vocês lançaram Of Human Bondage, que foi produzido por Siggi Bemm. Parece que esta parceria vem dando certo, concorda?
Banx: Concordo. Ele trabalhou conosco no Enlighten The Darkness e gostamos muito da maneira que ele conduz as coisas no estúdio. Daí não foi difícil concluir que ele seria o profissional ideal para o Of Human Bondage.

O novo álbum é ainda mais pesado que os três últimos e pode ser considerado o auge da carreira da banda, concorda? O guitarrista Ritchie Wilkison trouxe muitas idéias no processo de composição do Of Human Bondage?
Banx: Concordo quando você disse que é mais pesado que os álbuns anteriores. Esta foi uma decisão nossa, fizemos isso propositalmente. Ritchie realmente veio com grandes idéias para as composições, mas nós trabalhamos juntos em estúdio, foi um processo coletivo.

Podemos destacar as faixas Disbeliever, Forever, Unite e a faixa-título. Quais são as suas favoritas e quais você acredita que os fãs irão gostar mais?
Banx: A que mais gosto é a Unite e não sei ao certo quais os fãs irão gostar mais. Acredito que isto só será possível responder depois da turnê e do contato com os nossos fãs.

Como veio a idéia de fazer uma versão para a música do Seal, Killer?
Banx: Foi uma idéia que partiu de Dirk. Estávamos ensaiando um dia e ele nos mostrou essa música dizendo que poderíamos fazer uma versão com a cara do Angel Dust. No início nós dissemos: “Meu Deus, você está querendo tocar essa música?!” (risos). Mas, ele estava tão confiante de que ficaria boa que acabamos fazendo a nossa versão. No final, achei o resultado muito bom.

E quando vocês irão para a estrada? Existe alguma possibilidade de ser incluído no cast de algum festival de verão na Europa?
Banx: A primeira parte da nova turnê será justamente na Europa em abril, ao lado do Rhapsody. Quanto aos festivais, ainda não temos nada agendado. Sei que existem rumores na Internet de que iremos tocar no “Wacken”, mas não está nada certo.

Como é o seu relacionamento com seu irmão, Steven Banx, tecladista da banda?
Banx: Muito tranqüilo. Mesmo tendo pontos de vista diferentes em algum assunto, seja de nossa vida pessoal ou na área musical, nossos objetivos são os mesmos e lutamos sempre para o nosso bem estar. Nos respeitamos muito e sempre discutimos ao máximo até chegarmos a uma conclusão. A vida em geral deve ser levada assim. Não adianta tentar impor o seu ponto de vista.

Os quatro últimos álbuns do Angel Dust foram lançados no Brasil. Vocês pretendem fazer algum show por aqui?
Banx: Não sei se temos muitos fãs no Brasil, mas temos uma grande esperança em tocar no seu país. Acho que o único problema é a negociação, se não tivermos o apoio ideal da Century Media, não podemos fazer nada. Se recebermos uma proposta de algum promotor de shows, estudaremos a melhor maneira.

Entrevista publicada na edição #39 da revista ROADIE CREW (abril de 2002)