sábado, 2 de agosto de 2008

Arquivo Entrevista: ROB ROCK

O vocalista norte-americano Rob Rock lançou recentemente seu segundo trabalho solo, Eyes Of Eternity, onde trabalhou novamente ao lado de Roy Z (Bruce Dickinson, Halford, Tribe Of Gypsies). O sucessor de Rage Of Creation vem chamando a atenção dos fãs, especialmente os que acompanham sua carreira desde o início. Após integrar a banda Vice, ao lado do guitarrista Chris Impellitteri, Rob Rock gravou o álbum do projeto M.A.R.S., Project: Driver (1986), ao lado do baterista Tommy Aldridge, o baixista Rudy Sarzo e o guitarrista e tecladista Tony MacAlpine. Na seqüência, gravou com diversas bandas, como Joshua, Angelica, Driver, Axel Rudi Pell, Warrior, Avantasia e integrou o Impellitteri, onde gravou sete álbuns de destaque. Na entrevista a seguir, Rob fala sobre o mais recente lançamento e detalhes de sua vitoriosa carreira.

Os músicos que gravaram o novo álbum Eyes Of Eternity não são os mesmos que o acompanham ao vivo. O line-up da banda que fará os shows com você conta com Rick Renstrom e Bob Rossi nas guitarras, Stephen Elder no baixo e Tracy Shell na bateria?
Rob Rock: Sim, é esse mesmo. Isto ocorreu porque logo depois do lançamento do primeiro álbum, Rage Of Creation, eu me reuni estes músicos da Flórida. Bob Rossi entrou pouco tempo depois. Só que neste intervalo de dois anos entre os lançamentos eu continuei compondo e tive o auxílio de Roy Z. Aí como a banda tinha muito mais experiência de palco do que em estúdio em decidi gravar o álbum com os mesmos que estiveram comigo no Rage Of Creation, Roy Z e “Butch”, o baterista Carlson. Queria estar seguro, já que trabalhando com a mesma base de pessoas que estiveram no álbum anterior, o resultado seria novamente intenso e forte o bastante.

Você trabalhou novamente com Roy Z, que desta vez produziu o álbum e também gravou a guitarra, o baixo e o teclado. Como foi a gravação e esta interação tão frutífera ao lado dele?
Rob: Na verdade foi bem complicado. Eu fiquei esperando por Roy algumas vezes, já que ele estava trabalhando com Rob Halford no Crucible. Devido a isso, meu trabalho atrasou porque nós trabalhávamos no período em que Roy estava de folga na produção do Halford. Acabamos gravando primeiro a bateria e depois, nestes intervalos entre o trabalho dele com o Halford, íamos fazendo o restante. Acho que demoramos quase um ano para termos tudo gravado! E, no final das contas, eu tive que gravar minha parte em poucas semanas, já que a mixagem estava agendada previamente. A coisa boa disso foi que tivemos bastante tempo para analisar as músicas e termos certeza de que estavam boas. E a decisão de Roy gravar os instrumentos foi uma coisa mútua, nós decidimos que seria melhor fazer desta forma. Aconteceu porque ele precisava do baixo para gravar as outras partes e daí o gravou primeiro. Já o teclado, Roy tinha gravado para o Rage Of Creation, mas desta vez como eram mais partes, tivemos também a ajuda de um amigo, o Mistheria, que mora na Itália.

Por que você colocou o título do novo álbum, Rage Of Creation, com o mesmo nome de uma das faixas do álbum anterior?
Rob: Fiz isso só para confundir as pessoas (risos). Falando sério, quis fazer isso porque é uma ótima música e fala sobre estar na estrada tocando. E o nome da minha banda ao vivo é justamente Rage Of Creation. É legal porque isso faz as pessoas terem a curiosidade de conhecer o álbum anterior.

Media Machine, In The Night e Never Too Late foram os pontos altos do álbum Rage Of Creation. O que você espera agora com o Eyes Of Eternity, existe alguma faixa em especial que você destacaria?
Rob: Bem, se tivéssemos que pensar em termos de um single, acredito que se constassem as faixas Rock The Earth e Stranglehold estaria perfeito. Mas as músicas que eu mais gosto são Fields of Fire e You Know. Entretanto, a que chama a atenção por sua longa duração, de 12 minutos, e por ter uma série de convidados nos solos de guitarra é a The Hour Of Dawn. Essa é mesmo como se fosse a surpresa do álbum!

Qual a temática da letra da Fields Of Fire?
Rob: O tema central foi tirado da Bíblia, falando sobreviver ou viver longe do pecado até o final dos tempos, pois haverá perseguição e também o Juízo Final.

No Rage Of Creation você contou com a participação especial do guitarrista Jake E. Lee (Ozzy Osbourne, Badlands) e agora teve vários guitarristas na faixa The Hour Of Dawn.
Rob: Sim! Dez guitarristas! Contei com Axel Rudi Pell, Tom Naumann (Primal Fear), Carl Johan Grimmark (Narnia), Rick Renstrom, Jeff Kollman (Glenn Hughes), Jack Frost (Seven Witches, ex-Savatage), Howie Simon (Tamplin, Jeff Scott Soto), Jimi Bell (Wayne, MVP), Gus G. (Dream Evil, Mystic Prophecy, Firewind e Nightrage) e, é claro, Roy Z. Os primeiros cinco minutos segue a linha de uma balada, com altos e baixos e depois entra a parte dos solos, que ficou muito legal.

Lembra até aquela música histórica Stars, do projeto Hear N’ Aid!
Rob: Isso mesmo, nem parece que tem doze minutos porque você não sente que este tempo passa. A música vai crescendo tanto que acaba empolgando! Conheço todos estes guitarristas convidados pessoalmente e liguei para cada um perguntando se topavam fazer os solos na música. E eles fizeram! O processo mais complicado ficou mesmo para Roy Z, que teve que ajustar tecnicamente todos os solos da melhor maneira possível para que soassem perfeitos. No final, todo mundo ficou contente!

Eu tinha falado a respeito do Jake E. Lee, que participou do Rage Of Creation, mas como você entrou em contato com ele?
Rob: Jake E. Lee é amigo de Chris Libengood, que eu e Roy Z conhecemos também. Acho que conheço Chris há mais de quinze anos. Bem, quando ele escutou as músicas All I Need e Media Machine, imediatamente pensou que seria legal se elas fosse apresentadas para Jake E. Lee, já que soavam como o estilo antigo de Ozzy em sua banda solo. Aí um dia ele veio ao nosso estúdio e gravou os solos.

Você já pensou em gravar um álbum inteiro com Jake E. Lee?
Rob: Não. Jake está gravando álbuns solo também e ele agora não está mais interessado em fazer turnês. Ele grava seu trabalho em casa, tem sua gravadora no Japão e tem uma vida bem familiar, ou seja, passa a maior parte do tempo em casa. Ele não aceitaria fazer a promoção inteira de um álbum com shows em vários países. Bem, se você quiser perguntar para ele, me fale depois (risos).

Por que você decidiu optar por Marc Sasso, responsável pela capa do Killing The Dragon (Dio), para criar a arte do novo álbum? Como entrou em contato com ele?
Rob: Quando estávamos em estúdio, na Califórnia, havia uma banda chamada Cage gravando no mesmo local e o manager deles conhecia meu trabalho. Começamos a conversar e em um ponto da conversa ele disse que havia empresariado o Marc Sasso e que poderia ver algo para mim. Me interessei e depois entrei em contato com Marc. Ele apenas exigiu que eu lhe enviasse as músicas e que depois me mostraria algum rascunho. No final de tudo ele me enviou o desenho que está na capa!

Quais as maiores diferenças de ter uma carreira solo comparando o seu trabalho para as bandas que você integrou, como Impellitteri, Axel Rudi Pell, Driver, MARS, Joshua e Angelica?
Rob: Me sinto muito bem fazendo meu trabalho solo e os álbuns com a assinatura Rob Rock são os que representam melhor o que eu sou como um artista. É algo bem pessoal, porque são músicas de minha autoria e tenho que tomar bastante cuidado com todos os detalhes. Mesmo quando compunha com Chris Impellitteri ou Axel Rudi Pell, era algo pessoal deles, só que com parte de minha criatividade. Só que quando você faz um álbum e coloca o seu nome lá, a pressão aumenta e eu sou o responsável pelos erros e os acertos.

Como surgiu o acordo com a Massacre Records para o lançamento de seus álbuns solo na Europa? E quanto ao Brasil e a América do Sul, existe alguma possibilidade para o lançamento dos seus trabalhos?
Rob: Eu licenciei os álbuns para a Massacre Records, porque meu contrato é com a JVC/Victor do Japão. Eles me deram condições financeiras para gravar o álbum e o lançam no Japão e Ásia e eu tenho a liberdade de acertar com os outros mercados. Aí fechei com a Massacre para a distribuição e promoção na Europa. Estou em busca de uma gravadora para o lançamento no Brasil, até tive contato com algumas, mas ainda não acertei nada. Acredito que muita gente está importando o álbum para vendê-lo no Brasil.

O que aconteceu com a Rob Rock Music? A empresa ainda existe?
Rob: Ainda existe, é apenas uma distribuidora, que sou eu mesmo (risos). Eu faço a distribuição para os lojistas aqui na América. Faço isso porque ainda não encontrei uma gravadora que me desse a condição necessária e também justa para tal.

Existem planos para a gravação de um videoclipe ou um DVD ao vivo?
Rob: Sim, estávamos tratando isso com a Massacre há poucos dias. Primeiro vamos acertar uma turnê pela Europa e aí iremos gravar alguns shows pensando nesse lançamento em DVD. Existem detalhes financeiros que ainda não confirmados. Mas, quem quiser saber, é só acessar o nosso site, www.robrock.com, e ver as novidades.

Quando você estava com Roy Z na banda Driver, vocês gravaram alguns Demo-Tapes. Você sente que aquele foi como se fosse o início de sua carreira solo?
Rob: Sim. Eu nem imaginava naquela época que pudesse ser visto como tal, mas vendo como tudo aconteceu, acho que foi mesmo o início da minha carreira solo! Acredito que a formação da base do meu trabalho com Roy deve-se muito ao trabalho feito naquela fase. E “Butch” Carlson também estava conosco.

E quanto ao álbum que você gravou com o Warrior, Code Of Life? Como surgiu a oportunidade e o que achou do resultado final? Acredito que seu estilo combinou com o Warrior, concorda?
Rob: O guitarrista do Warrior, Joe Floyd, foi o engenheiro de som do Rage Of Creation. Quando os trabalhos terminaram, Joe veio a mim e disse: “Cara, eu preciso terminar o álbum do Warrior urgente, mas estou sem vocalista e não consigo finalizar algumas faixas sem ter alguém que cante. Você estaria interessado em me ajudar a acabar o álbum e gravá-lo?”. Eu aceitei e gravei o álbum. Até achei que iria fazer uma turnê com o Warrior, mas infelizmente ela não aconteceu. Fiquei muito contente com o resultado final e acho um álbum bem pesado! Caiu bem também para mim, porque fiz um estilo um pouco diferente do usual.

Como foi o show no festival “Bang Your Head” na Alemanha este ano? A resposta dos fãs foi a esperada?
Rob: Nossa, que dia! Estavam presentes Dio, Twisted Sister, Hammerfall... Tocamos na sexta pela manhã e a resposta foi positiva. O mais importante para mim foi ver pessoas cantando minhas músicas!

E quanto ao set list dos seus shows, você inclui músicas fora da sua carreira solo, do seu trabalho com Impellitteri, Driver, M.A.R.S. (Project: Driver), Joshua ou Angelica?
Rob: Sim, tocamos algumas do M.A.R.S., como Nations On Fire e Stand Up And Fight...

Ah, você escolheu as mais rápidas do M.A.R.S.!
Rob: Sim (risos). Além destas, tocamos I’m A Warrior, Lost In The Rain, Eye Of The Hurricane do Impellitteri, e já fizemos algumas do Warrior, como Day Of Reckoning e Kill The Machine. Eu tento balancear o set list sempre, com muita variedade. Depende do tempo de duração do show. No “Bang Your Head”, como era um festival, não tínhamos tanto tempo disponível, mas os fãs adoraram assim mesmo!

Você fez parte do projeto Avantasia, The Metal Opera, organizado por Tobias Sammet do Eduy. O que você achou do resultado final do álbum? Aqui no Brasil ele foi muito bem aceito!
Rob: Quando gravei o vocal, tinha apenas uma Demo em mãos, mas o resultado final ficou muito bom! Falei com Tobias e ele me deixou confiante que seria algo grandioso. Isso me encorajou a participar e por isso concordei em cantar e estar presente naquele projeto. Aí, dois anos depois, o álbum foi lançado e fiquei bastante contente com o que escutei!

O álbum mais vendido da discografia do Impellitteri é o Answer To The Master. Como foi aquela época para você?
Rob: É um de meus álbuns favoritos! Até hoje ele vende bem e foi uma época mágica para nós!

A música The Future Is Black, por exemplo, se tornou um clássico do Impellitteri.
Rob: É verdade! Acho que vou começar a colocá-la no set list dos meus shows (risos).

O que você achou do mais recente álbum do Impellitteri, System X, com Graham Bonnet no vocal?
Rob: Eu gostei mas queria que o álbum soasse mais na linha do Stand In Line. Acho que ele tentou fazer um disco com um som moderno, mas deveria ter usado um estilo mais antigo, como fez no Stand In Line, e aí ficaria perfeito para Graham Bonnet.

E quanto ao seu trabalho com Chris Impellitteri, acredita que ainda poderá fazer um álbum com ele?
Rob: Nos conhecemos desde 1985 e sempre mantemos contato. Somos grandes amigos e quando disse que iria fazer meu álbum solo, disse para ele que achava possível trabalhar nas duas bandas. Chris achou que não seria possível e aí ele pensou em fazer outro trabalho com Graham Bonnet. Por isso nos separamos e há três anos meu foco é a carreira solo. Chris agora optou por outro vocalista e ele até tinha me convidado tempos atrás, mas eu disse que tudo ia depender da minha agenda. Agora ele está em busca de um outro vocal para ficar no lugar de Graham. Não tenho nenhum plano de trabalhar com Chris Impellitteri, mas isso poderá voltar a acontecer.

Você disse que preferia que o System X tivesse a linha do Stand In Line, mas e se você tivesse na banda e escutasse aquelas músicas que Graham Bonnet gravou, você teria gostado de ter participado do álbum?
Rob: Dependeria mesmo do que tivesse focado na época. Como estou concentrado na minha carreira solo não sei qual seria minha reação porque certamente teria algo meu naquele processo de composição. Chris faz as músicas e vê mais o lado da guitarra, que ele acha o mais importante, e eu já penso na composição toda. Por isso que quando estamos juntos fazemos coisas boas!

E o que você pode falar sobre o início de carreira, em meados de 1985, quando você e Chris Impellitteri estavam na banda Vice?
Rob: Aquela época era fantástica e todos os lugares lotavam! Tocávamos nos clubes em New England e a molecada comparecia em peso em qualquer show. Era uma ótima época para o Metal! Nosso show tinha músicas próprias e covers. Aí, quando recebi a proposta para fazer o álbum do M.A.R.S. eu me mudei para Los Angeles e saí do Vice. Chris também saiu e começou a fazer seu trabalho solo. Bem, logo depois da gravação do M.A.R.S., Rudy Sarzo e Tommy Aldridge foram para o Whitesnake. Aí eu fui para a banda de Chris Impellitteri, que tinha acertado com a Relativity Records, e depois para o Joshua, que tinha fechado com a RCA. Só que depois eu e Chris voltamos a nos unir e fizemos grandes álbuns!

E quanto ao álbum que você gravou em 1989 com a banda Angelica? Como eles chegaram até você?
Rob: Na verdade meu amigo Ken Templin estava produzindo o álbum e ele estava tendo uma série de problemas com o vocalista da banda, que não conseguia finalizar o trabalho. Aí um dia ele se encheu, porque havia pressão da gravadora parta que eles terminassem o processo de gravação, e me ligou perguntando se eu poderia ir até o estúdio e gravar a parte de vocal. Foi como um favor e eu fiz tudo em apenas dois dias! Eu não estava lá para substituir o vocalista, mas sim para terminar o álbum, por isso a banda saiu em turnê com seu integrante original. Mas estar em estúdio é um mundo completamente diferente de tocar ao vivo e a primeira experiência é sempre muito complicada quando você vai gravar e eu sei disso por experiência própria. Você tem que aprender as coisas muito rápido e se não há tempo hábil para uma produção, daí as coisas se tornam mesmo bastante difíceis e a pressão aumenta. Acredito que isso aconteceu com o vocalista do Angelica e ele não conseguiu finalizar o álbum como queria Ken Templin.

Por que você gravou apenas um álbum com o Axel Rudi Pell? O que aconteceu após o lançamento do Nasty Reputation, em 1991?
Rob: Para mim foi apenas uma oferta para ajudá-lo em estúdio. Eu teria apenas que gravar os vocais e auxiliá-lo a finalizar aquele álbum. Fiquei apenas dez dias lá e nunca os planos passaram de um trabalho de estúdio. Ninguém estava pensando em sair em turnê com a banda naquela época.

Quais músicos que você ainda não trabalhou, mas tem vontade de fazer algo? Qual seria o line-up de uma banda fictícia se você pudesse escolher agora?
Rob: Mas que difícil (risos). Sei lá! Mas que seria divertido poder fazer isso seria (risos). Na próxima entrevista você pode me fazer a mesma pergunta que aí sim eu terei tempo de sobra para pensar no assunto!

Tudo bem. Suponhamos que você seja convidado por Yngwie Malmsteen para entrar na banda dele, você aceitaria o posto?
Rob: Depende. Eu me concentro bastante também em minhas letras e acho que Yngwie gosta de fazer as melodias e as letras. Se eu pudesse me tornar parte criativa e colocar minha personalidade eu não teria problema em aceitar o posto. Eu não ia aceitar ser mais, mas sim fazer parte do processo de composição desde o início. Só assim o show para mim seria real, pois sentiria mesmo o que estaria cantando!

As pessoas nunca o classicaram como um artista de White Metal, mesmo sabendo que você é cristão. Qual é o seu envolvimento com a religião?
Rob: Isso é uma coisa pessoal. Eu leio a bíblia todos os dias e quando estou compondo e escrevendo as letras isto acaba sendo uma influência, porque acaba passando pelo modo como vejo e encaro as coisas. Eu não sou ligado a nenhuma gravadora do meio cristão e quando alguém fala de uma banda cristã, eu sei que ela esta contratada por uma gravadora cristã e toca exclusivamente para este tipo de platéia. Eu tenho contrato com uma gravadora normal de Metal e toco para os fãs de Heavy Metal, o que é muito diferente. Não uso o fato de ser cristão para aumentar minhas vendas, porque minha arte é feita para o Rock e o Heavy Metal. Antes de qualquer coisa eu sou fã de Metal!

Como um artista americano, como você vê a cena nos Estados Unidos atualmente?
Rob: É horrível!

Você acha que a América é o pior lugar para uma banda normal de Heavy Metal?
Rob: Sim, eu acho isso mesmo (risos). Está melhorando. O Metal ainda está no underground, mas enorme na Internet e, claro, com ótima presença de público em shows e festivais. Mas enquanto as rádios, televisão e grandes veículos não derem a chance, claro que só porque você não é de uma grande gravadora, não vai nunca atingir a grande massa. E essa música de grande massa de hoje é muito influenciada pelo Rap. Preferia que tivesse mais melodia, riffs de guitarra e boas letras. Eu sou da velha escola do Metal e não quero ouvir Rap.

Entrevista publicada na edição #57 da revista ROADIE CREW (outubro de 2003)

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